quinta-feira, 19 de março de 2009

Carros pequenos, grandes monumentos i altri cosi

Acordei com o barulho de meus colegas de quarto. Quando estava pra começar a reclamar internamente, dizendo para mim mesmo "você deveria ter ido para um hotel, essa história de dividir quarto não vai dar certo", ouvi um deles falar: "Wake up, Stephen, it's ten o'clock, time to check out." 10 horas? Já? Eu não acreditei. Tinha dormido quase 11 horas seguidas. Se dois de meus companheiros de quarto -- o argentino Andrés e o americano Stephen-- não tivessem de sair do albergue às 10h, eu teria dormido até o meio-dia. Quando os dois saíram, "Good luck, guys!", dei bom dia ao companheiro que ficara, o alemão Marco, e me aprontei para sair e caminhar durante todo o dia, começando por uma caminhada razoavelmente longa até o Coliseu.

No caminho, não resisti e bati uma foto de um carro parado. [Basta clicar nas fotos para ampliá-las.] Aqui na Itália tem um modelo -- o Smart -- tão pequeno, mas tão pequeno, que tem gente que o estaciona perpendicularmente à calçada. Carro de espertinho mesmo.

Confesso que estava preparado para uma decepção no Coliseu. Essas coisas que são muito faladas às vezes não valem toda a saliva gasta. Mas o Coliseu não decepcionou. É realmente um Colosso. Fiz um pequeno vídeo, uma panorâmica da parte interna. Impressionante a quantidade de gente, vozes e câmeras fotográficas.



Depois fui percorrer outras ruínas próximas, mas me arrependi. A melhor coisa que vi foi um tapume que tapava o acesso a algumas ruínas no Circus Maximus. Cada cidade tem o tapume que merece. Confiram aí a beleza de tapume de Roma.

Cansei-me além da conta, e dei uma parada pra encostar as costas num banco em frente ao Circus Maximus, que me lembrou um pouco a Esplanada do Ministérios em Brasília, embora a foto seja de um ângulo em que isso não fica muito claro.

Acabei me perdendo algumas vezes, o que me permitiu ver cada coisa! Por exemplo, uma cena comum no Brasil: uma típica manifestação político-sindical. O pessoal estava dando voz aos meus pés, que reclamavam dos maus tratos e dos baixos salários?

Outra coisa que vi enquanto procurava meu caminho até a Via Nazionale foi esse outdoor da Hyundai. A princípio, achei um absurdo um outdoor no meio daquela antiguidade toda, mas foi um julgamento precipitado. A Hyundai está patrocinando a reconstituição do prédio. O que se vê na foto, da altura do outdoor para baixo, não é a fachada do prédio em si, mas uma tela com o desenho de como o monumento ficará após a restauração. Simplesmente impressionante.

Depois de muito rodar, consegui chegar à minha, até aqui, rua preferida em Roma: a Via Nazionale. Senti-me em casa. Fiquei à vontade pra comprar um guarda-chuva verde, que por pouco não inaugurei hoje mesmo: peguei uma pequena neblina quando já estava chegando ao albergue Yellow. Depois da Benetton, dei uma parada no Palazzo delle Esposizione. Fui atraído pela livraria, que tinha uns assentos alcolchoados para que eu descansasse. Mas acabei gostando também do Café, onde comi um fusilli frio e gostoso, e depois tomei um cappuccino. Olhei apenas rapidamente uma linda exposição de fotos de todo o mundo da revista National Geographic: estava exausto e sonhando com o alcolchoado da libreria. Fiquei na seção infantil, a única adequada para meu italiano ainda fraquinho. Selecionei três livros, mas contive o impulso consumista e levei apenas um sobre Leonardo da Vinci. É narrado em primeira pessoa, e pareceu relativamente fácil e divertido.

Ainda passei num pequeno mercado para comprar sabonete, pasta de dente e yakult (embora minha prisão de ventre pareça ter ficado mesmo no Brasil). É incrível como mercadinho é igual no mundo todo: se eu não quisesse experimentar novidade, poderia ter comprado a mesma pasta de dentes que uso no Brasil. E dei só uma entradinha em outra libreria, quase no final da Via Nazionale, para sondar o terreno para ir lá com mais calma amanhã ou sábado.

E por hoje foi só. Meu reino por uma cama.

4 comentários:

  1. Muito legal o vídeo no Coliseu. Eu e Gilberto até recordamos de uma cena do filme Jumper. Igualzinho.
    Beijos !!!

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  2. Coisa bem boa!
    Já vi a sua foto na FTrevi. Ah, que delícia!
    Bacci!
    Letti

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  3. Rapaz, esse filminho girando 180 graus ficou o máximo. Mas daqui parece que o Coliseu não é lá tão grande assim.

    Guarda-chuva verde? Albergue Yellow? Isso é que é saudade do Brasil! Mas tão cedo?

    Ah, sim, o tapume é de fato muito bonito. :P

    À bientôt, mon ami!

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  4. Oi, Junoca. Fiquei com vontade de ver o seu guarda-chuva verde. Quem sabe quando voce precisar usa-lo .... Estou sentido como se estivesse viajando e conversando com voce sobre as coisas que vimos, pelas fotos legais e pelos seus comentarios. Obrigada por compartilhar. Beijos, Ceíta

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